quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A origem da inteligência
De todos os modos, com relação ao homem, o problema chave não reside nem em sua anatomia nem em sua fisiologia, claramente animais e muito semelhantes às dos grandes antropóides. O homem é diferenciado deles por sua "inteligência" reflexiva e raciocinante, isto é, por ser um animal capaz de "cultivar' suas próprias experiências, transformá-las em idéias e com elas "fabricar" modelos tecnológicos de aplicação prática para viver mais facilmente em um ambiente naturalmente hostil.

O que é pois a inteligência? Estamos seguros de que o homem, desde que a vida apareceu sobre a Terra, foi e continuará sendo o único animal inteligente?

Não existe maneira de dar respostas contundentes. Nem sabemos a ciência fixa o que é a inteligência nem podemos negar que, em épocas anteriores, outros animais a tiveram, ou que outros possam tê-la no futuro. E, sobretudo, o que não podemos afirmar é que a inteligência seja um produto da atividade cerebral, coisa que todavia são empenhados em sustentar muitos ambientes científicos materialistas herdeiros de concepções decimonônicas.

O que sabemos é como funciona o cérebro, porém só em parte. Por exemplo, não sabemos quase nada acerca das funções telepáticas e telecinéticas, correspondendo às segundas a capacidade de deslocar objetos a distância por meio de ondas cerebrais.

Nada sabemos, cientificamente falando, acerca dos fenômenos mediúnicos, ou dos devidos aos denominados "videntes" e "sensitivos", capazes de perceber enfermidades passageiras, descobrir avarias em aparelhos sem inspecioná-los ou detectar água a muitos metros de pro fundidade.

Somos os únicos seres inteligentes?
Naturalmente isto quer dizer que se nossa ciência ocidental contemporânea todavia não sabe como pronunciar-se acerca destes poderes, não lhes é lícito continuar sustentando que a inteligência é uma propriedade exclusivamente humana porque somente o homem possui um cérebro e uma organização neurológica peculiarmente sua. Olho com a cibernética. Já não são poucos os que sustentam que proximamente teremos computadores eletrônicos capazes de ter consciência, vontade e sentimentos, sem possuir cérebro humano.

Os antigos, da constatação da inteligência, deduziam a existência de uma alma, e todavia Descartes proclamava "penso, logo existo", para afirmar em seguida que a autêntica realidade essencialmente humana era sua entidade pensante e imaterial, isto é, sua alma inteligente. Porém Descartes está demasiadamente próximo de nós.


Um perpétuo fluir?
Mais longínqua é a voz de Heráclito de Efeso, eco dos ensinamentos daquele Pitágoras que por vinte anos foi sacerdote de Osiris no Egito. Escutemos uma vez mais essa voz.

"Todas as coisa saem de uma coisa, e uma coisa de todas as coisas. Nenhum dos deuses ou dos homens fez este mundo, que é o mesmo para todos; porém ele sempre existiu, como agora existe, e sempre será um eterno Fogo, que se em um ladp se apaga, por outro acende. Todas as coisas podem transformar-se em Fogo, e o Fogo em todas as coisas, quase como as mercadorias com o dinheiro e o dinheiro com as mercadorias. O sol não pode superar seus limites, e o sol é novo cada dia".

Por séculos e séculos a Ciência e a Filosofia ocidental tentaram safar-se da doutrina do perpétuo fluir, buscando algum substrato permanente que servisse de base aos fenômenos da eterna mutação afirmada por Heráclito. E parecia, por fim, que a Química satisfazia esta ânsia, pois foi comprovado que o fogo, que aparentemente destrói, na realidade transforma: os elementos voltam a combinar-se, porém cada átomo, se pensou, que existia antes da combustão, continua existindo todavia quando o processo terminou, pelo qual foi concluído que os átomos eram indestrutíveis e que, portanto, qualquer mudança no mundo físico consistia somente em uma reciclagem de elementos persistentes. Porém tudo veio abaixo quando foi descoberta a radioatividade, quando foi visto que os átomos se desintegravam.

Energia e matéria
Obstinadamente os físicos quiseram então ver nos prótons e nos elétrons pequenas e indestrutíveis unidades, e por alguns anos supôs-se que gozaram das mesmas propriedades que antes eram atribuídas aos átomos. E dali outro engano, quando foi comprovado que os elétrons e os prótons podem chocar-se e explodir, formando não uma nova matéria, mas uma onda de energia que é difundida no Universo à velocidade da luz. Não era o caso de substituir a matéria com a energia? Porém se estabelece que a energia, não é algo conceituável como uma coisa, como é feito com a matéria: a energia não é mais que uma característica dos processos físicos... e a mesma pode ser analogicamente identificada com o Fogo de Heráclito, porque a energia é o que queima, não o que é queimado. O que é queimado desapareceu da cena da física contemporânea.

Um Universo pensante
E passando do infinitamente pequeno ao macro-cósmico, a astronomia já não nos permite pensar que os corpos celestes são eternos. Os planetas sairam do Sol, e o Sol se desprendeu de uma nebulosa. A doutrina do perpétuo fluir que Heráclito herdou da antiga Ciência egípcia preocupa muito à Ciência de hoje, porém já não restam recursos para refutá-la.

"Hoje, escrevia há alguns anos o célebre físico e astrônomo James Jeans, o acordo no campo da física é quase unânime: o universo, mais que a uma imensa e perfeita máquina, vai parecendo cada vez mais a uma única inteligência pensante".

E que, como redescobria Carl Jung, seu pensamento é manifestado no que a nós nos parece matéria e organizações materiais. E dissemos redescobria por todo o conglomerado tradicional das crenças e religiões animistas, talvez sobrevivências de ciência perdidas nas trevas vai repetindo esse conceito, essa idéia, essa teoria.

está é uma grande pergunta que quero saber DE ONDE VIEMOS ?

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